domingo, 29 de janeiro de 2012

Me deixe sonhar,



me deixe pensar que nada mudou.
Me deixe lembrar,

pra não apagar o que já passou.

Me deixe sorrir,

pra fingir que não me machucou.

Me deixe pra lá,

assim vou viver no mundo que você me criou.

-




Você se foi e eu afundei numa melancolia de dar gosto.


- CFA.

-



- Você mudou.
- Não, eu amadureci.

-



É como se fosse uma droga. Que é usada para anestesiar certos incômodos do mundo lá fora e confortar a dor que mora aqui dentro. E quando a sanidade está ativa em mim, o mundo não é o mesmo. Sempre preciso recorrer a drogas para estar entorpecida e aliviada. Sempre precisarei de você pra me sentir viva. Mas as drogas com o tempo acabam comigo. E você, com o tempo, me descarta como se uma droga eu fosse.



-


- Você se afastou menina.
- É que eu estava gostando do que eu via quando me aproximava.
- E qual é o problema?
- Sempre que me aproximo de algo ou alguém que me faz bem, assustadoramente ele se vai e me deixa sempre de mãos atadas.


-



Um dia eu aprendo e mudo de rumo.



-



Indiscutivelmente eu não saberia viver sem uma caneta e uma folha de papel. Da a impressão de que os sentimentos se acumulam no peito e para não explodir a qualquer momento, escrever esvazia a alma e a deixa mais leve para flutuar. É como uma limpeza na alma e coração. É deixar tudo pronto pra uma nova explosão sentimental que certamente virá.