É como se fosse uma droga. Que é usada para anestesiar certos incômodos do mundo lá fora e confortar a dor que mora aqui dentro. E quando a sanidade está ativa em mim, o mundo não é o mesmo. Sempre preciso recorrer a drogas para estar entorpecida e aliviada. Sempre precisarei de você pra me sentir viva. Mas as drogas com o tempo acabam comigo. E você, com o tempo, me descarta como se uma droga eu fosse.
- Você se afastou menina. - É que eu estava gostando do que eu via quando me aproximava. - E qual é o problema? - Sempre que me aproximo de algo ou alguém que me faz bem, assustadoramente ele se vai e me deixa sempre de mãos atadas.
Indiscutivelmente eu não saberia viver sem uma caneta e uma folha de papel. Da a impressão de que os sentimentos se acumulam no peito e para não explodir a qualquer momento, escrever esvazia a alma e a deixa mais leve para flutuar. É como uma limpeza na alma e coração. É deixar tudo pronto pra uma nova explosão sentimental que certamente virá.