domingo, 17 de abril de 2011

Eu me rendo.


Não pensarei mais no futuro, não relembrarei o passado e almejarei o presente. Eu me rendo. Talvez o melhor a fazer seja não fazer nada. Talvez o melhor a fazer seja sentar, fechar os olhos e suspirar. E esperar ... Mas quem apenas espera não consegue o que quer. Talvez eu não faça ideia do que fazer para mudar uma situação. Talvez com o tempo eu aprenda a como agir, quem sabe ? Eu me rendo. Me deixarei levar, talvez me deixarei por vencer. Sou fraca. Um simples assopro despedaça o meu coração -lugar onde armazeno sensações intensas e secretas. Um simples ' abalo' me causa feridas mortais, incuráveis, permanentes. Sim, sou realmente fraca.

Mas nem sempre a fraqueza que se sente, quer dizer que a gente não é forte (8 '

É tão mais fácil,


colocar nossas mágoas em alguém. Culpando certas pessoas por nos deixarem em situações dificeis. Mas a verdade é que ninguém é tão responsável por nossas decepções quanto nós mesmos. Me iludo, crio expectativas em algo, porém não tenho a certeza de que será retribuído. E quem é o culpado ? Eu mesma. Quem mandou eu idealizar em alguém o que nem sempre pode ser ? ! ''Criação de expectativas''. Existe forma mais impossivel de não se fazer ? Talvez a ausência de expectativas , ausentasse também o sofrimento.

E toda a dor, vem do desejo de não sentirmos dor (8'

Eu gosto das palavras.


Da forma e caminho que elas seguem organizadas delicadamente. Eu gosto do significado. Mesmo quando não façam o menor sentido. Gosto de palavras longas e pouco comuns, daquelas que quando citadas é necessário um esforço prazeroso da mente para o entender o que quer dizer. Contudo, eu gosto das letras, palavras, frases, textos, tudo unido em um só conteúdo, tentando expressar o que a alma sente. Mesmo quando nem palavras consigam fazer essa expressão. Digamos que as palavras aliviam a angústia, armazenam emoções e demonstram sentidos. Não faz sentido viver sem poder escrever. Pelo menos não para mim. Escrever é dar voz ao grito da alma.